quarta-feira, 26 de maio de 2010

Maio já está no final...

Maio já está no final
O que somos nós, afinal, se já não nos vemos mais?
Estamos longe demais, longe demais...

Maio já está no final
É hora de se mover, pra viver mil vezes mais
Esqueça os meses, esqueça os seus finais
Esqueça os finais...

Eu preciso de alguém sem o qual eu passe mal
Sem o qual eu não seja ninguém
Eu preciso de alguém...

Maio já está no final
É hora de se mover, pra viver mil vezes mais
Esqueça os meses, esqueça os seus finais
Esqueça os finais...

Eu preciso de alguém sem o qual eu passe mal
Sem o qual eu não seja ninguém
Eu preciso de alguém...

Eu preciso de alguém sem o qual eu passe mal
Sem o qual eu não seja ninguém
Eu preciso de alguém...

Maio, maio, maio...
Maio, maio, maio...
Junho, julho, agosto, setembro, outubro, novembro, dezembro

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Inspirado no cheiro da sua mão

retirado do www.carascomoeu.com.br


Se a gente juntar com a pá migalhas e farelos, o pó e os cacos que sobraram de nós dois, acho que faz um inteiro. Será que não? E aí? Que tal? Vamos? Como soa dividir comigo essa existência idiotamente ridícula, morna, real, estúpida, bagaceira e imbecil? Vamos fazer diferente, como ninguém mais sabe fazer, só nós? Diz que vamos, vai.



Não? É tudo que preciso pra começar a te conquistar. Diz que não com os olhos cheios de esperança. Com duzentos "nãos" eu construo um castelo, uma roda gigante, uma cabaninha de lençol na sala, um altar, um amor, um sim bem grande. Com um sim entre você e eu, te roubo inteira e metade da felicidade do mundo. Diga que não, ponha uma meta no meu colo, tipo num processo de seleção feminina só pra eu provar que sou o cara.



Isso, faz assim. Se faz de labirinto quando eu me oferecer em linha reta. Diz que metade de mim, a parte amigo, tá bom, só pra me empurrar inteiro coração adentro, goela abaixo, com toda a calma do mundo. Isso, faz assim. Dá voltas e voltas e voltas na chave da tua emoção só pra eu me exibir que posso te desarmar, desarrumar sua vida e seus cabelos. Embora eu não te ame ainda, mesmo o amor não existindo, diga não e me encoraje a pôr tudo à prova.



Finge não me querer, disfarce o brilho no olhar, esconda o sorriso atrás dos cabelos, ganhe torcicolo de tanto cuidar o outro lado, mostre o cofrinho se abaixando quando eu passar rasando, fique o tempo todo pensando no jeito infalível de ganhar o Oscar de melhor "tô nem aí". Me ache chato se eu te procurar, me ache o homem da sua vida se eu sumir, me veja feio do teu lado, me veja lindo do lado das outras. Diga trocentas vezes pro espelho na sua bolsa que sou o cara mais idiota, mais engraçado, mais fajuto, mais encantador que você fingiu não gostar.



Perfeito assim. Fosse sem esses enigmas, sem esses rodeios, sem esses movimentos, sem esses contrastes eu a rejeitaria como todas as outras. Vem assim como uma onda que não se congela pra eu pegar, como uma música do Djavan. Mas alerto já que estarei esperando com os pés e o desejo de te ter pra mim descalços, esperando você se desfazer, perder energia e parar na areia, nos meus braços, no meu sofá.



Bolei um plano pra trazer você pra mim, todo inspirado no cheiro da sua mão. É mais ou menos assim: você finge me repelir como fosse eu um ex-presidiário estuprador, bagaceiro e ressentido, e eu chego arrombando sua porta, suas pernas, sua alma. Aí você se dá conta que para voar é preciso tirar o peso dos ombros, se desanda, e diz pra mim, no ouvido, com um fio de voz e outro de esperança de que seja tudo real, que isso é o maior erro do ano, que não imaginava existir tanta culpa no céu, que as pessoas ficaram mais bacanas depois que encasquetei em te querer. Tudo sorrindo mais do que seu rosto aguenta.



E devolvo, puxando com os dentes seu lóbulo, que nossa história foi escrita torta de propósito pra gente se cruzar, tudo enquanto eu babo sobre teus encantos, enquanto eu faço o sexo mais manso e mais intenso e mais irreversível e mais gostoso e mais carinhoso e mais sem camisinha e mais duradouro da sua vida, tanto que você perde seus orgasmos por birra, contrai a pélvis pra eu não gozar de pirraça, de tanta vontade de nunca mais me deixar sair de onde eu nunca deveria ter entrado.



Depois, com pequenos beijinhos e mordiscadas virando e desvirando seu corpo, virando e revirando seus olhos, convenço que os maiores amores se acertam nos erros, quando a loucura e a entrega vencem a resistência e o medo de alguma forma. Começo num beijo no canto da boca, aqueles que cabe a você decidir se acaba, ou prossegue, tá? Então, vamos? Pega na minha mão, entra no meu carro, sobe na minha garupa. Te mostro o quanto dá pra amar no caminho.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Quem mandou?


Que mulher ruim, jogou minhas coisas fora
Disse que em sua cama eu não deito mais não
A casa é minha, você que vá embora
Já pra saia da sua mãe e deixa meu colchão
Ela é 'pró' na arte de pentelhar e aziar
É campeã do mundo
A raiva era tanta que eu nem reparei que a lua diminuía
A doida tá me beijando há horas
Disse que se for sem eu, não quer viver mais não
Me diz, Deus, o que é que eu faço agora,
se me olhando desse jeito ela me tem na mão
Meu filho, aguenta
Quem mandou você gostar dessa mulher de fases?
Complicada e perfeitinha, você me apareceu
Era tudo o que eu queria, estrela da sorte
Quando à noite ela surgia, meu bem, você cresceu
Seu namoro é na folhinha, mulher de fases
Põe fermento, põe as bomba, qualquer coisa que a aumente
E a deixe bem maior que o sol
Pouca gente sabe que à noite o frio é quente e arde
E eu acendi
Até sem luz dá pra enxergar o lençol fazendo um 'congo blue'
É pena, eu sei, amanhã já vai miar
Se aguente, que lá vem chumbo quente
Complicada e perfeitinha, você me apareceu
Era tudo o que eu queria, estrela da sorte
Quando à noite ela surgia, meu bem, você cresceu
Seu namoro é na folhinha, mulher de fases